sábado, 24 de julho de 2010

Setor cultural cria PCULT para ampliar debate com políticos e sociedade.

Com uma bagagem de muitos anos de articulação, nasce o Partido da Cultura, PCult, um movimento suprapartidário cujo objetivo - simploriamente resumido - é ampliar o debate sobre as demandas culturais, criando um elo produtivo entre a Cultura, a classe política e a sociedade em geral.O movimento já se organiza em 25 estados, inclusive em Porto Velho, onde será gerado o embrião do PCult. Nas próximas semanas , entre gestores culturais, produtores, jornalistas, conselheiros culturais e outros envolvidos se reuniram na capital portovelhense para dar forma ao movimento.

Pablo Capilé, um dos articuladores da ação, faz um resgate histórico do setor nas últimas décadas e pontua que há quase duas décadas a classe cultural vem experimentando ações para construir um ambiente adequado.Nos últimos anos, algumas vitórias já foram alcançadas, como, por exemplo, uma menor centralização dos recursos culturais no eixo Rio-São Paulo. Segundo Capilé, agora é chegado o momento de criar um entendimento da importância da atuação política no setor cultural.O jornalista e escritor Alex Antunes, em texto publicado no blog do Partido da Cultura, fez uma boa relação entre os setores: “Pois toda a cultura é ‘política’, no sentido de que é a visão que um povo tem e constantemente reelabora de si mesmo; o começo e o fim do processo da identidade psicossocial. E toda a política também é ‘cultura’, no sentido de que são os atores sociais, ao encenar os anseios do país, que rascunham o roteiro do nosso destino”.Tendo esse entendimento na base, o Pcult quer levar o diálogo cultural às mais altas instâncias de poder, mostrando que a cultura é tão importante quando a saúde, a educação e outros. Da mesma forma, criar essa consciência na sociedade, que, afinal, é quem vota e é quem cobra os eleitos – ou deveria.

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